A estimulação cerebral profunda é um tratamento cirúrgico para pacientes com doenças neurológicas que vem sendo cada vez mais utilizado com resultados animadores. Este tratamento já é bem conhecido e realizado com sucesso em pacientes com Doença de Parkinson. Atualmente também é empregada em casos de tremor essencial, epilepsia e distonia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 200 mil pessoas no Brasil, principalmente após os 55 anos, sofrem de Parkinson, que ocorre devido uma degeneração neuronal em um núcleo específico do cérebro responsável pela produção de dopamina. Sem o neurotransmissor, o corpo do doente começa a apresentar distúrbios do movimento, como tremores involuntários, rigidez corporal, entre outros sintomas.
O tratamento inicial da Doença de Parkinson é medicamentoso, porém com o passar do tempo pode ocorrer a progressão da doença ou os medicamentos tornar-se ineficaz.
É neste momento que entra a estimulação cerebral profunda. Também conhecida como DBS (Deep Brain Stimulation, em inglês). Procedimento cirúrgico seguro, porém, complexo. O neurocirurgião implanta um eletrodo em área específica do cérebro envolvida nos sintomas do Parkinson. Este eletrodo é conectado a um gerador que fica implantado em região infraclavicular. Após o procedimento, o médico consegue ajustar ou programar os estímulos com o objetivo de reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida restaurando a autonomia dos pacientes. Esta técnica não cura nem reduz a progressão da doença.
A estimulação cerebral profunda, no entanto, não é indicada para todos os pacientes. Estágios avançados de Parkinson, quadros de demência, sintomas psicóticos, depressão, condições clínicas descompensadas, a cirurgia terá pouca efetividade.